ODISSEIA II by YVAN LAFONTAINE

De St. Jean-sur-Richelieu ao México, de Santiago do Chile a Buenos-Aires, Yvan LaFontaine regista imagens do seu percurso, das suas passagens. Estas filmagens constituem a matéria bruta destinada ao fabrico de infogravuras. Através de múltiplos tratamentos em gravura e fotografia digital e pela sobreposição de diversas imagens, o artista compõe obras nas quais se condensam porções de tempo e de espaço. Desta aglomeração resulta um ponto de vista heterogéneo e anacrónico. É por esta noção de tempo, à qual nos remetem as obras, que me sinto interpelada. Que tempo é este que as obras de LaFontaine interpelam? O das imagens que revelam lugares incongruentes, desaparecidos ou tendentes a desaparecer, marcas de um antigo tempo, embora pertencendo sempre ao presente, ou o das técnicas ou tecnologias antigas e modernas que se justapõem? O tempo nas obras de LaFontaine depende ao mesmo tempo de narrativas provenientes de várias camadas de temporalidade, até da memória, e da história das técnicas da gravura, da fotografia e das imagens digitais.

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